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Roubo de cargas nas rodovias entre Campinas e Sumaré aumenta 10%



Meus amigos, abaixo trago uma matéria da EPTV, emissora afiliada da Rede Globo na RMC (Região Metropolitana de Campinas) e publicada no site do G1 Região Campinas.
Há anos, o complexo das rodovias de São Paulo, em particular Anhanguera e Bandeirantes, lidera o ranking de Roubo de Cargas.

Fato que se deve à alta concentração da circulação de produtos atrativos nessa região que agrega os maiores centros de distribuição abastecimento do mercado nacional.

Gerir os riscos do Roubo de Cargas é um dos maiores desafios de um Gestor de Segurança.

Por mais que se invista em tecnologia de monitoramento, escolta armada e ações de planejamento e controle durante os deslocamentos, a ousadia e a criatividade dos marginais tem superado essas ações.

A complexidade do processo inclui ainda ações como: controle na fuga de informações, capacitação dos motoristas e operadores logísticos, técnicas para ações imediatas e pronta resposta diante de sinistros e forte integração com os órgãos de segurança pública.

A atratividade por produtos que facilmente podem ser pulverizados no mercado, dão retorno significativo às quadrilhas, que buscam nessa modalidade de crime suprir perdas causadas por impactos de ações policias. É a necessidade de abastecer o caixa das facções dilaceradas por operações frustradas no tráfico de drogas, seqüestros, arrombamentos de ATM´s entre outras variáveis criminosas.

Na origem da causa raiz do problema, podemos elencar as seguintes vertentes: a legislação branda ao receptador, a alta facilidade de distribuição da mercadoria, a dependência do modal rodoviário como forma de escoamento da mercadoria, o fator surpresa contra o transportador e o uso de informações privilegiadas, o possível envolvimento de pessoas ligadas diretamente ao processo de logística e o risco de acobertamento das forças policiais.

Ações policiais como: comandos e bloqueios de estradas, operações de abordagens em postos de gasolina, instalação de bases e pontos de controle fixos nas regiões de maior incidência, poderiam ser paliativas mas eficazes para mitigar esses delitos nessa região. No entanto, uma punição mais rigorosa ao receptador é sem sombra de dúvidas a alternativa mais eficaz para desestimular o Roubo de Cargas no País.

Confira abaixo a reportagem do título acima, na íntegra publicada no site: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2013/02/roubo-de-cargas-nas-rodovias-entre-campinas-e-sumare-aumenta-10.html

 
16/02/2013 08h23- Atualizado em 16/02/2013 08h36

“Trecho que inclui Hortolândia (SP) registrou 399 crimes no ano passado.

Sindicato aponta que 28% das vítimas passaram pela via Anhanguera.”

 
 
“O roubo de cargas em rodovias que ligam Campinas (SP) a Hortolândia (SP) e Sumaré (SP) cresceu 10% em 2012, em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Nos três municípios houve 399 crimes, sendo que a maior parcela envolve motoristas que passaram pelo sistema Anhanguera-Bandeirantes.
O governo estadual indica que 66% das ocorrências foram registradas em distritos policiais de Campinas. Com 266 casos, a cidade apresentou elevação de 22% no comparativo. Em Hortolândia houve aumento de 18,8%, enquanto Sumaré obteve queda de 47,5%, de acordo com a secretaria.
O motorista João Tinarelli conta que está na profissão há 20 anos e já foi vítima de assalto e sequestro. "Eles sumiram com o meu caminhão durante um dia inteiro para retirar a carga. É preciso ter cabeça boa para não ficar com trauma e levar aquilo como experiência", lembra.

Perfil das rodovias

O sistema Anhanguera-Bandeirantes lidera o ranking de rodovias mais perigosas na região, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo (Setcesp). As estradas concentram 35% dos crimes, sendo 28% deles atrelados aos motoristas que passaram pela Anhanguera. Já o Corredor Dom Pedro somou 3% do total de casos em 2012.
A entidade reitera que os condutores devem redobrar a atenção no período da manhã, uma vez que 34% dos crimes foram praticados entre 8h e 12h no ano passado. Além disso, o período de maior insegurança ocorre entre terça e quinta-feira, quando foram somados 60% dos registros.

Economia comprometida

O Setcesp aponta que as cargas mais visadas pelos ladrões foram as de alimentos - alvo em 37% dos crimes - seguida pela de eletrônicos, com 28%. O assessor de segurança do sindicato, Paulo Roberto Souza, ressalta que os consumidores são penalizados pelo aumento do índice de violência.
"É muito ruim para a atividade econômica, porque encarece o custo de seguro. Na medida em que um produto é muito visado, a seguradora aumenta o preço. Quem paga todo o aumento do roubo de carga é a sociedade", explicou.

Outro lado

Procurada pela EPTV, a assessoria da Polícia Rodoviária não informou o que pode ser feito para coibir o aumento do roubo de cargas nas rodovias.
A assessoria da AutoBan, concessionária que administra o sistema Anhanguera-Bandeirantes, não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação da reportagem.
A Rota das Bandeiras, responsável pelo corredor Dom Pedro, informou que está investindo em sistemas de segurança que facilitam a identificação de criminosos.”

 

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