Meus amigos, abaixo trago uma matéria da EPTV, emissora afiliada da Rede Globo na RMC (Região Metropolitana de Campinas) e publicada no site do G1 Região Campinas.
Há anos,
o complexo das rodovias de São Paulo, em particular Anhanguera e Bandeirantes, lidera
o ranking de Roubo de Cargas.
Fato que
se deve à alta concentração da circulação de produtos atrativos nessa região
que agrega os maiores centros de distribuição abastecimento do mercado nacional.
Gerir os
riscos do Roubo de Cargas é um dos maiores desafios de um Gestor de Segurança.
Por mais
que se invista em tecnologia de monitoramento, escolta armada e ações de planejamento
e controle durante os deslocamentos, a ousadia e a criatividade dos marginais
tem superado essas ações.
A complexidade
do processo inclui ainda ações como: controle na fuga de informações, capacitação
dos motoristas e operadores logísticos, técnicas para ações imediatas e pronta
resposta diante de sinistros e forte integração com os órgãos de segurança
pública.
A atratividade
por produtos que facilmente podem ser pulverizados no mercado, dão retorno
significativo às quadrilhas, que buscam nessa modalidade de crime suprir perdas
causadas por impactos de ações policias. É a necessidade de abastecer o caixa
das facções dilaceradas por operações frustradas no tráfico de drogas, seqüestros,
arrombamentos de ATM´s entre outras variáveis criminosas.
Na origem
da causa raiz do problema, podemos elencar as seguintes vertentes: a legislação
branda ao receptador, a alta facilidade de distribuição da mercadoria, a
dependência do modal rodoviário como forma de escoamento da mercadoria, o fator
surpresa contra o transportador e o uso de informações privilegiadas, o
possível envolvimento de pessoas ligadas diretamente ao processo de logística e
o risco de acobertamento das forças policiais.
Ações policiais
como: comandos e bloqueios de estradas, operações de abordagens em postos de
gasolina, instalação de bases e pontos de controle fixos nas regiões de maior
incidência, poderiam ser paliativas mas eficazes para mitigar esses delitos
nessa região. No entanto, uma punição mais rigorosa ao receptador é sem sombra
de dúvidas a alternativa mais eficaz para desestimular o Roubo de Cargas no
País.
Confira
abaixo a reportagem do título acima, na íntegra publicada no site: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2013/02/roubo-de-cargas-nas-rodovias-entre-campinas-e-sumare-aumenta-10.html
“Trecho que inclui Hortolândia (SP) registrou 399
crimes no ano passado.
Sindicato aponta que 28% das vítimas passaram pela
via Anhanguera.”
“O roubo de cargas em rodovias
que ligam Campinas (SP) a Hortolândia (SP) e Sumaré (SP) cresceu 10% em 2012,
em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Secretaria da Segurança
Pública de São Paulo (SSP-SP). Nos três municípios houve 399 crimes, sendo que
a maior parcela envolve motoristas que passaram pelo sistema
Anhanguera-Bandeirantes.
O governo estadual indica que
66% das ocorrências foram registradas em distritos policiais de Campinas. Com
266 casos, a cidade apresentou elevação de 22% no comparativo. Em Hortolândia
houve aumento de 18,8%, enquanto Sumaré obteve queda de 47,5%, de acordo com a
secretaria.O motorista João Tinarelli conta que está na profissão há 20 anos e já foi vítima de assalto e sequestro. "Eles sumiram com o meu caminhão durante um dia inteiro para retirar a carga. É preciso ter cabeça boa para não ficar com trauma e levar aquilo como experiência", lembra.
Perfil
das rodovias
O sistema
Anhanguera-Bandeirantes lidera o ranking de rodovias mais perigosas na região,
de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São
Paulo (Setcesp). As estradas concentram 35% dos crimes, sendo 28% deles
atrelados aos motoristas que passaram pela Anhanguera. Já o Corredor Dom Pedro
somou 3% do total de casos em 2012.
A entidade reitera que os
condutores devem redobrar a atenção no período da manhã, uma vez que 34% dos
crimes foram praticados entre 8h e 12h no ano passado. Além disso, o período de
maior insegurança ocorre entre terça e quinta-feira, quando foram somados 60%
dos registros.
Economia
comprometida
O Setcesp aponta que as cargas
mais visadas pelos ladrões foram as de alimentos - alvo em 37% dos crimes -
seguida pela de eletrônicos, com 28%. O assessor de segurança do sindicato,
Paulo Roberto Souza, ressalta que os consumidores são penalizados pelo aumento
do índice de violência.
"É muito ruim para a
atividade econômica, porque encarece o custo de seguro. Na medida em que um
produto é muito visado, a seguradora aumenta o preço. Quem paga todo o aumento
do roubo de carga é a sociedade", explicou.
Outro
lado
Procurada pela EPTV, a assessoria da Polícia
Rodoviária não informou o que pode ser feito para coibir o aumento do roubo de
cargas nas rodovias.
A assessoria da AutoBan,
concessionária que administra o sistema Anhanguera-Bandeirantes, não foi
encontrada para comentar o assunto até a publicação da reportagem.A Rota das Bandeiras, responsável pelo corredor Dom Pedro, informou que está investindo em sistemas de segurança que facilitam a identificação de criminosos.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário