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Violência no Pará

Meus amigos, nesta semana tive a oportunidade de conhecer a Capital Paraense e sua região Metropolitana.
Passei a semana inteira transitando por Belém e Ananindeua mais especificamente na região do Distrito Industrial de Ananindeua.
Foram diversos momentos de sentimentos distintos e experiências interessantes que gostaria de compartilhar com vocês.
Cheguei a Belém no dia 11/12/2011, domingo, dia do plebiscito, onde a população foi consultada sobre a divisão ou não do Pará em 03 Estados (Pará, Tapajós e Carajás).
O povo estava em festa, as ruas tomada por populares e isso me chamou muito a atenção, porque o clima de comemoração combinava com toda magia da cidade iluminada para esse período de Natal.
Confesso que fiquei muito impressionado positivamente.
Mas minha impressão mudou completamente quando sai do cenário de Belém e fui conhecer a realidade da vizinha cidade de Ananindeua.
Fiquei chocado com tamanha pobreza e descaso do poder público com a sociedade.
Só então entendi o porquê dos números de Violência apresentados na matéria abaixo.

Esse material foi extraído de uma publicação do jornal Diário do Pará no dia 15/12/2011.

Pará leva 'bronze' em homicídios

Quinta-Feira, 15/12/2011, 03:08:53 - Atualizado em 15/12/2011, 03:08:53

Baseado em dados levantados até 2010, o Instituto Sangari divulgou nesta quarta-feira (14) o mais recente mapa da violência no Brasil. O país ultrapassou, nas últimas três décadas, a marca de um milhão de vítimas de homicídio. E o Pará saltou do 21º lugar no ranking dos estados mais violentos para assegurar uma indesejável medalha de bronze nesse quesito. Segundo o levantamento feito pelo instituto, o ranking do Mapa da Violência 2012 é liderado por Alagoas, seguido pelo Espírito Santo, Pará, Pernambuco e Amapá.
No Pará, dois municípios chamam a atenção em relação a violência, justamente por serem os que lideraram o recente plebiscito para a divisão do Estado. Em 2010, o Pará registrou três municípios, na faixa de 200 a 500 mil habitantes, que apresentam contrastes extremos: Ananindeua e Marabá, ambas com taxas que superam os 100 homicídios para cada 100 mil habitantes, e Santarém, que em 2010 apresentou uma das menores taxas do país para municípios de grande porte: 3,1 homicídios para cada 100 mil habitantes.
O Mapa da Violência 2012, como foi intitulado o trabalho, mostra que a insegurança deixou de ser também um estigma apenas das grandes cidades. Segundo o Instituto Sangari, as cidades menores tiveram o maior índice de aumento da violência.
“Nesse caso, há uma tendência de as cidades menores incorporarem hábitos de comportamento de cidades maiores. A violência também vem junto”, diz a psicóloga Milene Veloso. Segundo ela, em muitas cidades menores há uma ausência de políticas públicas. “Elas não costumam chegar ao interior. Há muita ociosidade entre os jovens por conta disso”.
A psicóloga alerta, no entanto, que geralmente números sobre violência devem ser lidos, em alguns casos, sob a ótica do aumento da notificação. “Há a possibilidade de que em alguns desses estudos não se tenha levado em conta que as pessoas e instituições possam ter aumentado o número de registros que antes não eram notificados”, diz.
O estudo feito pelo Instituto Sangari faz um comparativo que mostra o grau de violência que atingiu o País. Segundo o levantamento, o índice anual de mortes por homicídio no país supera o número de vítimas de enfrentamentos armados no mundo. Entre 2004 e 2007, 169,5 mil pessoas morreram nos 12 maiores conflitos mundiais. No Brasil, o número de mortes por homicídio nesse mesmo período foi 192,8 mil. Em 2010, ocorreram 50 mil assassinatos no país. Segundo o relatório, foram registrados 137 homicídios por dia.

Um comentário:

  1. Uma coisa que me chamou a atenção na matéria publicada acima foi a posição da psicóloga que alerta para o risco dos números estarem distorcidas por não terem sido registrados. No entanto, o homicídio já é considerado o indicador oficial da ONU exatamente porquê é o único que possui eficiência em registros. Por isso, não procede a posição sobre o risco de distorção nos indicadores.

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