Os termos “informação”, “conhecimento” e “sabedoria” são freqüentemente
utilizados com o mesmo sentido, o que traz muitas interpretações dúbias e até
errôneas, principalmente no que diz respeito aos termos conhecimento e
sabedoria.
A informação possui dois momentos: o informe que é o dado em seu estado bruto,
captado pelos sentidos de todos os níveis: um odor, uma imagem, um
pressentimento, etc. E a informação propriamente dita, que nada mais é do que o
informe confirmado e dado como verdadeiro.
O conhecimento é a informação analisada, compreendida e
incorporada.
A sabedoria é o conhecimento submetido ao julgo da Ética e
da Moral. Desta forma, não há sabedoria sem conhecimento, e nem conhecimento
sem informação.
No entanto, a informação que não é transformada em conhecimento é inútil. A
inteligência é o dom humano capaz de “digerir” as informações, através da
análise, e transformá-la em conhecimento útil.
Para guardar uma informação, precisamos retê-la em nossa
memória; para guardar um conhecimento, devemos incorporá-la em nossa mente e,
conseqüentemente, em nossa maneira de pensar.
De forma semelhante, o conhecimento diferencia-se da sabedoria. O conhecimento
que não é transformado em sabedoria está sujeito a tornar-se alimento para o
vício, um vício mental que, incorporado em nossa mente, passa a influenciar
negativamente nossa maneira de desenvolver processos mentais. A Sabedoria é a
mãe de todas as virtudes, pois é dela que se origina a prática consciente dos
bons hábitos que, incorporados em nossa maneira de pensar, conduzem o homem à
Verdade.
Sendo a ignorância a ausência de conhecimento, ainda que a mente possua
informação em abundância, esta é menos perigosa do que o conhecimento que não é
feito sabedoria, pois conhecer sem saber é como possuir uma espada sem os
critérios que diferenciam sua utilidade consagradora de sua capacidade mortal.
A ignorância é o estado original de todo o ser pensante, inicialmente
desprovido de conhecimento por não ter sido alimentado pela informação obtida
pela experiência e pela instrução.
Sabe-se que não é possível dar conhecimento ao homem, pois
este só pode ser construído por ele mesmo. No entanto, é possível fornecer-lhe
informação, submetendo-o às experiências e instigando-o à busca.
A curiosidade cumpre seu papel de alavanca que impulsiona o
homem a buscar a informação e, através desta, a construir o conhecimento. Portanto,
não devemos condenar a curiosidade, pois ela é parte integrante de qualquer ser
pensante. Sendo um elemento útil ao aprendizado, a curiosidade é a força
impulsionadora do espírito investigativo, necessário à busca do conhecimento e,
conseqüentemente, da sabedoria.
É através da curiosidade que despertamos para o aprendizado, lançando mão da fé
- não aquela cega ao mundo e limitada aos dogmas - para perseverar na busca,
utilizando a inteligência para analisar o mundo à nossa volta, colocando o
conhecimento obtido sob o julgo da retidão Moral, da sinceridade de propósitos
O sinal mais seguro da Sabedoria é a constante serenidade.
"Se o que tens a dizer não é mais belo que o silêncio, então
cala-te.":
Texto extraído da Comunidade Maçônica de autoria de Gustavo Barenho Cramer
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